prosseguimos com a saga das novas estátuas de skopje, agora com um dos meus personal favourites: o homem-árvore.

ontem aproveitei um dia lento no escritório para ver o que me faltava ver do vídeo de apresentação do google wave (do qual falei aqui). e descobri mais dois pormenores (pormaiores, na verdade) que me deixam ainda mais com água na boca. um deles é um maravilhoso programa de tradução simultânea, que traduz tudo aquilo que escrevemos para uma das 40 línguas (para já) incluídas no programa. é óbvio que as traduções não serão perfeitas, mas será sem dúvida uma funcionalidade muito útil, e que facilitará a comunicação imediata entre pessoas que não falem as mesmas línguas, ou que tenham pelo menos um nível mais limitado numa determinada língua. o outro pormenor é o facto da empresa ter decidido partilhar a maior parte do código que servirá de base ao wave, permitindo assim a outras organizações criarem o seu próprio wave. a equipa que tem trabalhado no wave tem desenvolvido ela própria diferentes versões do programa para testar a compatibilidade, trabalhando de forma que nenhuma das funcionalidades principais se perca por não ser o original. é absolutamente fantástico que não queiram guardar este segredo para eles, possibilitando a outras empresas o desenvolvimento dos seus próprios programas de wave. uma empresa à parte, sem dúvida...
por norma não são um povo de protesto massivos (massivos, não maciços, como está na moda dizer hoje em dia) a não ser contra o grande inimigo americano. no entanto, perante a possibilidade de uma tremenda fraude eleitoral, o povo saiu à rua, e em números brutais. o país parou para protestar, e o governo e autoridades oficiais fizeram tudo para calar a voz da oposição. há 6 dias que não é possível enviar sms, a maior parte dos conteúdos online (começando por muitos dos serviços de email e instant messaging) estão bloqueados, a comunicação com o exterior é rara. a grande excepção é uma pequena grande ferramenta, que está a ser a grande arma dos iranianos para mostrar ao mundo o que se está a passar no seu país: o twitter.

A beleza do país é indescritível. Em todas as linhas do horizonte há montanhas. Agora na Primavera, o verde invade-nos a vida. É impossível ficar indiferente. Sente-se nas veias. No Inverno fica tudo cheio de neve. Algumas regiões mais baixas ficam de tal maneira cobertas que precisamos olhar fixamente para perceber que estão ali casas e ruas e carros. Quando surgem os primeiros raios de sol após um nevão vêm-se, em todas as direcções, montanhas que parecem fantasmas a apontar para o céu. É bonito. E, porque à excepção de Ohrid, a Macedónia não é um país de turismo, fiquei com a sensação que tudo está tão virgem e intocável como no tempo do Alexandre, o Grande. Se decidirem visitar não esperem algo fantástico. Não é um país de massas. É um país para ser aproveitado como um bom vinho: não é perceptível a totalidade do conteúdo mas sabe bem e deixa memórias. Dá prazer!






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