Um interessante artigo sobre a abstenção no Blasfémias e um curioso cartoon repescado do 5dias.
30 setembro 2009
28 setembro 2009
Blue Frog, Mumbai
The recently inaugurated Blue Frog, in Mumbai, India, is a complex which mixes a club, restaurant, lounge, sound stage, recording studio and sound lab. And it's precisely the inside of the Blue Frog Club that is most impressive. Created by Chris Lee and Kapil Gupta, from Chris Lee Architects and Contemporary Urban, who were able to mix elements in a perfect way and built a sort of contemporary Roman amphitheatre.Post original no Obvious. Site oficial, que inclui uma visita virtual, aqui.
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art is a language
A nuvem cresce, e já tem um aviário
Eu sou um nabo no que toca a edição e criação de imagens. Ponto. Dada esta explicação, fica claro que vou escrever sobre algo que não me diz respeito e do qual pouco ou nada percebo, pelo que a minha opinião poderá não ser muito válida. Mesmo correndo o risco de dizer umas valentes asneiras, vou dizê-lo à mesma: o aviary.com é uma página fantástico. Este site oferece-nos uma série de ferramentas para edição de imagem e audio de forma gratuita e através do browser. Não sei se terá potencial para ser utilizado a um nível profissional, mas para quem quiser fazer umas brincadeiras na net chega e sobra. No que toca à imagem não vou, seguramente, andar a inventar muito, mas o editor de audio parece ser interessante q.b. para lhe dedicar umas horinhas do meu tempo de vez em quando. Uma recomendação minha nestas áreas vale o que vale, mas recomendo, nonetheless.
Da vitória, e outras derrotas
Os momentos mais curiosos de todas as noites eleitorais são os discursos dos líderes partidários. Aconteça o que acontecer, em 90% dos casos o líder partidário vai cantar vitória, mesmo que tenha perdido votos e deputados e tenha sido ultrapassado por outros partidos. Há (quase) sempre um ângulo pelo qual é possível ver a vitória do seu partido. Ontem, só mesmo Manuela Ferreira Leite não teve o descaramento de o fazer (e muito mau seria se ela o fizesse...). Na minha opinião, olhando friamente para os resultados de ontem, só um partido pode, legitimamente, cantar vitória: o PP. Mas a mim, neste momento, interessa-me analisar outro dado, pertinente dadas as muitas análises feitas nas últimas semanas às possíveis coligações pós-eleitorais que o PS teria de fazer: a Esquerda perdeu.
Agora vocês dizem: mas ó André, estás bem? O PS ganhou, a Esquerda é maioritária no Parlamento, BE e CDU cresceram em deputados... Pois, tudo isso é uma verdade, mas os 7 deputados que a Esquerda perdeu para a Direita são suficientes para impedir um coligação bi-partidária à Esquerda. Para uma governação em maioria, o PS tem de se colar à Direita. Para uma governação em minoria, o PS terá de, pontualmente, negociar à Direita. Esta é a maior derrota que a Esquerda poderia ter tido. Uma coligação tri-partidária é impensável e só pontualmente poderemos ver os 3 partidos juntos no Parlamento. Acredito que será mais fácil para Sócrates fazer acordos pontuais com o PSD ou mesmo com o PP e deixar os acordos com a Esquerda radical para as questões fracturantes. Sejam quais forem as opções de futuro de Sócrates e colegas governativos, a verdade é que este governo, sem uma coligação que lhe garanta maioria parlamentar, ficará fragilizado e refém da Oposição, que terá, por seu lado de ser mais responsável do que tem sido. Têm agora a possibilidade de fazer cair o Governo a qualquer altura com uma moção de censura, mas terão também de saber gerir esse poder que lhes caiu nas mãos e evitar usá-lo para benefícios partidários. Sócrates terá de aprender a ouvir os outros partidos, o que não é necessariamente mau (bem pelo contrário), mas viverá na corda bamba. A vitória de ontem poderá transformar-se numa derrota dentro de um ou dois anos se não souber gerir e negociar convenientemente. E, se isso acontecer, quem perderá, acima de todos, será o país.
Agora vocês dizem: mas ó André, estás bem? O PS ganhou, a Esquerda é maioritária no Parlamento, BE e CDU cresceram em deputados... Pois, tudo isso é uma verdade, mas os 7 deputados que a Esquerda perdeu para a Direita são suficientes para impedir um coligação bi-partidária à Esquerda. Para uma governação em maioria, o PS tem de se colar à Direita. Para uma governação em minoria, o PS terá de, pontualmente, negociar à Direita. Esta é a maior derrota que a Esquerda poderia ter tido. Uma coligação tri-partidária é impensável e só pontualmente poderemos ver os 3 partidos juntos no Parlamento. Acredito que será mais fácil para Sócrates fazer acordos pontuais com o PSD ou mesmo com o PP e deixar os acordos com a Esquerda radical para as questões fracturantes. Sejam quais forem as opções de futuro de Sócrates e colegas governativos, a verdade é que este governo, sem uma coligação que lhe garanta maioria parlamentar, ficará fragilizado e refém da Oposição, que terá, por seu lado de ser mais responsável do que tem sido. Têm agora a possibilidade de fazer cair o Governo a qualquer altura com uma moção de censura, mas terão também de saber gerir esse poder que lhes caiu nas mãos e evitar usá-lo para benefícios partidários. Sócrates terá de aprender a ouvir os outros partidos, o que não é necessariamente mau (bem pelo contrário), mas viverá na corda bamba. A vitória de ontem poderá transformar-se numa derrota dentro de um ou dois anos se não souber gerir e negociar convenientemente. E, se isso acontecer, quem perderá, acima de todos, será o país.
27 setembro 2009
falou-se
falou-se pouco de portugal e dos portugueses. falou-se pouco de ideias e iniciativas. falou-se pouco do futuro. falou-se muito de políticos, e pouco de políticas. falou-se muito de escutas, o que não deixa de ser irónico tendo em conta que temos uma classe política autista e com grandes dificuldades em ouvir a população. falou-se muito em crise, mas não em como resolvê-la. falou-se muito em jornalistas, quando estes deveriam ser os últimos a serem falados. falou-se muito em interesses, mas não do que interessa.
numa frase, berrou-se muito e falou-se pouco. muito pouco.
ps: pela primeira vez não vou exercer o meu direito de voto numas legislativas. não por opção, mas porque o local de voto mais próximo fica a 500km, e ninguém me paga para ir votar. entristece-me não dar o meu contributo, mas esta classe política não merece que eu perca um dia e gaste umas dezenas de euros na viagem. fica para a próxima...
numa frase, berrou-se muito e falou-se pouco. muito pouco.
ps: pela primeira vez não vou exercer o meu direito de voto numas legislativas. não por opção, mas porque o local de voto mais próximo fica a 500km, e ninguém me paga para ir votar. entristece-me não dar o meu contributo, mas esta classe política não merece que eu perca um dia e gaste umas dezenas de euros na viagem. fica para a próxima...
25 setembro 2009
uma parede de pó
o clima está a mudar. isto é um facto, por muito que haja muito boa gente pelo mundo fora que ande a tentar tapar o sol com a peneira. os sinais estão à vista de todos, com mudanças drásticas nas condições metereológicas, desastres naturais cada vez mais intensos e novos e inesperados fenómenos um pouco por todo o lado. esta semana, a costa leste da austrália foi atacada por uma verdadeira onda de pó, vinda de antigas plantações que foram abandonadas devido a vários anos consecutivos de secas. a austrália é um dos países mais afectados pelas alterações climáticas e o especialista joe romm, que escreve no imprescindível climateprogress.com, avisa que mesmo que sejam adoptadas medidas radicais hoje, será já tarde demais para salvar a austrália. assustador? sem dúvida. irrealista? nem por isso. este artigo explica o porquê de tão drástica declaração. é longo, mas vale a pena ler. para algumas (fantásticas e arrepiantes) fotos do fenómeno há este álbum no flickr de tom hide. deixo-vos com outra impressionante imagem, esta tirada via satélite, da assustadora parede de pó, que deixa bem vincado o tamanho do problema com que nos teremos de enfrentar...
24 setembro 2009
city of exile, by jim lind
As a sign of the current times, people are losing jobs, businesses, homes, and a general quality of living at an alarming rate. When bad news comes it’s all too easy to curl up in the ball and accept defeat. Rather I see it as the perfect time for growth and discovery. In each scene, the individuals are adapting to the changing environment and progressing forward. The images present a tangible hopefulness that is inherent in all grim situations. Like any of the dark periods in our long history, this too will pass.
jim lind's official website
21 setembro 2009
19 setembro 2009
victory rose
é curioso como alguém que presta tanta atençao às palavras tenha como banda favorita uma banda que canta numa língua da qual não percebe patavina. há coisas que não se explicam; simplesmente sentem-se, e a música destes 4 senhores sinto-a em locais que nem sabia que existiam antes de os ouvir. é como se antes de ouvir estas canções, elas já tivessem existido, mesmo antes de eu existir, como se sempre cá estivessem estado, dentro de mim, carregando em cada nota, em cada palavra, em cada pausa, um sentimento desconhecido, misto de esperança e melancolia, que está em tudo que faço e sinto. muitas vezes pergunto-me como é possível que outras pessoas sejam capazes de criar música que parece vinda dos mais intímos recantos do meu ser...
ps: victory rose é a tradução para inglês de sigur rós.
ps: victory rose é a tradução para inglês de sigur rós.
16 setembro 2009
a normalidade (possível)
aos poucos, a vida vai regressando ao normal, seja lá isso o que for. com a minha pequena de volta a casa e ao trabalho (embora ainda em doses pequenas, 4/5 horas por dia) a nossa vida começa aos poucos a regressar à rotina de antes; e não é que até sabe bem?... depois de um verão com demasiadas emoções, marcado pela imprevisibilidade e por um constante ping pong, voltar ao ritmo casa-trabalho-casa é, de facto, um alívio. mas, ainda mais do que isso, saber que a minha princesa caminha a passos largos (ainda não literalmente, mas lá chegará) para a sua recuperação total dá-me a sensação de caminhar nas nuvens...
08 setembro 2009
estátuas macedónias iv
a cidade branca
ontem passei o dia em belgrado (em sérvio beograd, a cidade branca) aproveitando a necessidade de renovar o meu passaporte (em skopje não sequer consulado...). como o tempo disponível não era muito (e o diabo da máquina dos dados biométricos não ajudou nadinha...) não deu para ver muito, mas houve algo que me ficou na retina: a existência, ainda hoje, dez anos depois dos bombardeamentos da nato, de edifícios semi-destruídos, mesmo no centro da cidade. as fotos mais abaixo, por exemplo, são de dois edifícios que ficam em frente ao ministério dos negócios estrangeiros. é estranho dizer isto com todas as imagens de destruição e violência que regularmente vemos na televisão, mas foi a primeira vez que vi um edifício destruído por uma bomba ao vivo. são coisas que a nós, privilegiados cidadãos da europa ocidental, nem nos passam pela cabeça. não admira que muitos sérvios franzam o sobrolho à união europeia e aos diplomatas ocidentais, quando os escombros da guerra ainda se encontram espalhados pela cidade. são como fantasmas que teimam em pôr o dedo nas feridas de um país que é apenas uma sombra do seu passado, dilacerado por ódios e rancores acumulados durantes séculos...
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viagens pelos meus balcãs
04 setembro 2009
"paint drop sculptures" by chris dorosz
The ‘paint drop’ sculptures develop the idea of the ‘staple paintings’ further by trapping fallen paint drops in a grid work of clear vertical rods. Through the viewer’s movements in aligning and de-aligning these pixel-like paint drops, full body portrait forms emerge and vanish. By placing my subjects in a form of ‘stasis’ through the medium I mean not only to protect them for a little while, but alternately to underscore the tenuous nature of human physicality where any moment life as we know it might just collapse into a pool of droplets or drift upwards into the atmosphere.
mais informação sobre o autor aqui.
03 setembro 2009
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